domingo, 21 de junho de 2009

Forró

Forró é uma festa popular brasileira, de origem nordestina e é a dança praticada nestas festas, conhecida também por arrasta-pé, bate-chinela, fobó, forrobodó. No forró, vários ritmos musicais daquela região, como baião, há quadrilha, o xaxado e o xote, são tocados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro (tocador de acordeão -- que no forró é tradicionalmente a sanfona de oito baixos), um zabumbeiro e um tocador de triângulo.O forró possui semelhanças com o toré e o arrastar dos pés dos índios, com os ritmos binários portugueses e holandeses e com o balançar dos quadris dos africanos. A dança do forró tem influência direta das danças de salão européias.[carece de fontes?]Conhecido e praticado em todo o Brasil, o forró é especialmente popular nas cidades brasileiras de Campina Grande, Caruaru, Arcoverde, Mossoró, e Juazeiro do Norte, onde é símbolo da Festa de São João, e nas capitais Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Maceió, Recife, São Luís e Teresina onde são promovidas grandes festas.
Origem do Nome
O termo "forró", segundo o folclorista potiguar Luís da Câmara Cascudo, estudioso de manifestações culturais populares, vem da palavra "forrobodó", de origem bantu (Tronco linguístico africano, que influenciou o idioma brasileiro, sendo base cultural de identidade no brasil escravista), que significa: arrasta-pé, farra, confusão, desordem.[1]A Versão mais verossímil, apoiada pelo próprio historiador Câmara Cascudo, é a de que Forró é derivado do termo africano forrobodó e era uma festa que foi transformada em gênero musical, tal seu fascínio sobre as pessoas.Na etimologia popular (ou pseudoetimologia) é freqüente associar a origem da palavra "forró" à expressão da língua inglesa for all (para todos). Para essa versão foi construída uma engenhosa história: no início do século XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes abertos ao público, ou seja for all. Assim, o termo passaria a ser pronunciado "forró" pelos nordestinos. Outra versão da mesma história substitui os ingleses pelos estadunidenses e Pernambuco por Natal do período da Segunda Guerra Mundial, quando uma base militar dos Estados Unidos foi instalada nessa cidade.Apesar da versão bem-humorada, não há nenhuma sustentação para tal etimologia do termo, pois em 1937, cinco anos antes da instalação da referida base, a palavra "forró" já se encontrava registrada na história musical na gravação fonográfica de “Forró na roça”, canção composta por Manuel Queirós e Xerém.Antes disso, em 1912, Chiquinha Gonzaga compôs Forrobodó, que ela classificou como uma peça burlesca e que lhe valeu, algum tempo depois, em 1915, o Prêmio Mambembe, sendo Mambembe também de origem banto, significando medíocre, de má qualidade.Discussões à parte, o forró é um ritmo democrático de influências indígenas, africanas e européias, e encanta pessoas de todas as idades e classes sociais, não só no Brasil, mas em todos os lugares do mundo.
Histórico
Os bailes populares eram conhecidos em Pernambuco por "forrobodó" ou "forrobodança" (nomes dos quais deriva "forró") já em fins do século XIX.[2]
O forró tornou-se um fenômeno pop em princípios da década de 1950. Em 1949, Luiz Gonzaga gravou "Forró de Mané Vito", de sua autoria em parceria com Zé Dantas e em 1958, "Forró no escuro". No entanto, o forró popularizou-se em todo o Brasil com a intensa imigração dos nordestinos para outras regiões do país, especialmente, para as capitais: Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.
Nos anos 1970, surgiram nessas e noutras cidades brasileiras, "casas de forró". Artistas nordestinos que já faziam sucesso tornaram-se consagrados (Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Trio Nordestino, Genival Lacerda) e outros surgiram.
Depois de um período de desinteresse em década de 1980 e forró ganhou novo fôlego da década de 1990 em diante, com o surgimento e sucesso de novos trios e artistas de forró.
Gêneros Musicais
O forró é dançado ao som de vários ritmos brasileiros tipicamente nordestinos, entre os quais destacam-se: o xote, o baião, o xaxado, a marcha (estilo tradicionalmente adotado em quadrilhas) e coco. Outros estilos de forró são: o forró universitário, uma revisitação do forró tradicional (conhecido como forró pé-de-serra) e o forró eletrônico ou estilizado (que, para alguns, não é considerado forró).
Artistas Consagrados
Existem diversos artistas que, entre outras modalidades, também contribuíram, sejam como compositores sejam como intérpretes, com diversos gêneros do forró. Alguns dos mais destacados compositores brasileiros de músicas de forró são:
Luiz Gonzaga
Alceu Valença
Sivuca
elba Ramalho
Jackson do Pandeiro
Chico Salles
Dominguinhos
Frank Aguiar
Genival Lacerda
Marines
Rita de Cássia
Trio Nordestino
Zé Ramalho
Flávio José
Estilos da Dança
O forró é dançado em pares que executam diversas evoluções, diferentes para o forró nordestino e o forró universitário:
O forró nordestino é executado com mais malícia e sensualidade, o que exige maior cumplicidade entre os parceiros. Os principais passos desse estilo são a levantada de perna e a testada (as testas do par se encontram).
O forró universitário possui mais evoluções. Os passos principais são:
Dobradiça - abertura lateral do par;
Caminhada - passo do par para a frente ou para trás;
Comemoração - passo de balançada, com a perna do cavalheiro entre a perna da dama;
Giro simples;
Giro do cavalheiro;
Oito - o cavalheiro e a dama ficam de costas e passam um pelo outro.

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